Android 4.4: com sabor a KitKat

Além da apresentação oficial do novo hardware (Google Nexus 5), foi também apresentada a tão aguardada versão 4.4 do Android, KitKat. Esta nova versão trouxe reais mudanças ao sistema operativo e uma integração entre serviços da Google que já há muito tempo era esperada.

Deixando o aspecto do Android mais limpo e simples do que nunca, a mais notória das modificações são os novos ícones, que desaparecem completamente quando estamos a utilizar uma aplicação em full-screen, e a nova barra de estado/notificações translúcida. Existe muito mais espaço no ecrã, um novo launcher e uma versão condensada da fonte da Google "Roboto".

Uma das grandes diferenças para com as versões anteriores de Android é mesmo o dialer/marcador. Este último foi totalmente repensado por parte da Google - que colocou, literalmente, as Páginas Amarelas na sua aplicação de marcação. Isto permite que consigamos procurar por um local ou pessoa, e ligar-lhes sem precisarmos de saber o número.

O Google Now não escapou ao update e é agora capaz de nos mandar informações que queiramos baseado na nossa localização ou em sites que visitamos com frequência, bem como em séries de TV que gostamos. Na pesquisa, consegue enviar-nos diretamente para a aplicação correspondente e para sites apropriados.

Como disse Sundar Pichai, vice-presidente sénior da Google: "A nossa missão é que, sempre que peguemos no nosso telefone, a informação que quisermos, em contexto, esteja lá.". Tal como esperado, o Hangouts tornou-se a aplicação definição para mensagens. Ou seja, temos o sistema de mensagens dentro do Hangouts, apesar existir a opção de escolher outra aplicação de mensagens.

Além de todas estas novidades, existem ainda umas não tão predominantes, mas também importantes: o suporte a teclado Emoji, a dispositivos werable (como relógios, entre outros) e impressão wireless a partir do telemóvel.

Apesar de todas estas grandes mudanças, as verdadeiras e mais importantes não são para ser notadas. Existem os melhoramentos "por baixo do capô", se assim quisermos dizer, optimizados para trabalharem em equipamentos de baixa categoria e que têm pouca memória.

O KitKat apresenta-se como uma ferramenta para resolver os problemas de fragmentação da Google por ser um sistema operativo que corre bem numa grande panóplia de dispositivos, tanto antigos como mais recentes. O Chrome, por exemplo, usa 16% menos memória que no Jelly Bean, requerendo apenas 512 MB de RAM.

Mas não foi apenas o Chrome a ser optimizado para utilizar menos memória, mas sim todas as aplicações. "O KitKat é um sistema operativo de 'alta-costura' que foi feito para correr em telemóveis da mesma gama, mas a Google fê-lo para que fosse possível haver uma versão única do sistema operativo a correr em todos os smartphones Android. Enquanto estamos na nossa aventura para chegar ao próximo bilião de pessoas, queremos fazê-lo na versão de Android mais recente", disse Pichai.

As actualizações para os dispositivos Nexus e/ou com edições Google Play estão aí à porta, mas para já, o KitKat está apenas disponível no novo Nexus 5 e no website open-source do Android.

Fonte: The Verge